Para ter sucesso no mercado é fundamental se organizar e se estruturar internamente para poder atender aos desejos e demandas dos consumidores cada vez mais exigentes e, é claro, para superar a concorrência. Sendo assim, é preciso pensar de forma mais estratégica os processos internos, sendo um deles a gestão de cadeia de suprimentos.
Afinal, para garantir que o produto seja exposto no ponto de venda certo, é preciso, primeiro, que ele chegue em tempo ao centro de distribuição, por exemplo. Porém, controlar todo o ciclo de vida do produto não é uma tarefa fácil de ser colocada em prática, especialmente quando não é feito um plano de gestão eficiente para essa tarefa.
Sendo assim, que tal tirar todas as suas dúvidas sobre gestão de cadeia de suprimentos e garantir que o seu negócio consiga se destacar em meio aos concorrentes? Continue a leitura deste artigo para entender como é possível fazer o gerenciamento e integração entre as diferentes partes do processo para ter sucesso no mercado. Confira!
Também muito utilizada no Brasil a partir do seu equivalente em inglês (supply chain), a cadeia de suprimentos representa todos os processos, pessoas e atividades necessárias para conseguir levar um produto do seu fabricante até os distribuidores e, como consequência, até o consumidor final daquele item.
Tudo o que acontece dentro dessa linha do tempo faz parte da cadeia de suprimentos. A partir da estruturação desses processos é que é possível levar um produto da sua fábrica até as prateleiras de um supermercado, por exemplo. Portanto, qualquer empreendedor precisa entender exatamente como funciona esse trabalho para ter sucesso.
Afinal, esse processo nem sempre acontece exatamente como foi planejado e é necessário ainda mais organização para garantir que tudo funcione corretamente até que o produto chegue ao seu destino. De mudanças climáticas até os desejos e comportamento do consumidor, passando por acidentes e imprevistos, tudo pode mudar rapidamente.
Além disso, é preciso lidar com diversas partes interessadas e responsáveis pelo andamento desses processos, como fornecedores, representantes, empresas terceirizadas e outros intermediários. Um erro de comunicação basta para prejudicar toda a cadeia de suprimentos de um produto, seja para uma empresa grande, seja para um negócio familiar.
Portanto, para entender melhor o que é cadeia de suprimentos, esses são os fatores mais importantes dentro desse processo:
Muita gente acaba confundindo cadeia de suprimentos com o trabalho de logística, porém são dois processos diferentes. A única relação é que o segundo costuma fazer parte das principais obrigações e responsabilidades do primeiro. Ou seja, a logística também é um ponto a ser avaliado dentro do gerenciamento de uma cadeia de suprimentos.
Sendo assim, é preciso se preparar para os mais complexos cenários e garantir que todos os obstáculos sejam superados para não prejudicar toda a cadeia. Afinal, o consumidor não está interessado em saber os motivos que fizeram com que um item não chegasse ao mercado, sua próxima decisão vai ser procurar pela opção do concorrente.
A cadeia de suprimentos é, portanto, uma estrutura invisível e interligada que garante que determinado item deixe o seu local de fabricação no momento certo para chegar ao ponto de venda ideal para o consumidor. Investir no gerenciamento desses processos é uma tarefa necessária para garantir que qualquer negócio alcance os objetivos estipulados.
Agora que você já sabe o que é uma cadeia de suprimentos, fica mais fácil entender o gerenciamento desses processos, certo? Porém, para que você fique ainda melhor informado, é vital entender como essa tarefa evoluiu ao longo dos anos. Afinal, muita coisa mudou, especialmente após a transformação digital e a globalização.
A Idade Antiga ficou marcada pelo trabalho artesanal independente. Ou seja, a mesma pessoa que fabricava um produto — que era feito de acordo com os recursos que ele tinha acesso — era responsável pela distribuição até o consumidor final. Era um período em que a gestão dessa cadeia de suprimentos não era tão valorizada e ainda não era um problema.
Todo o processo era de responsabilidade de uma pessoa: o artesão. Ele era o único responsável por garantir que o que foi produzido por ele chegasse aos pontos de venda desejados. A autonomia, portanto, acabava servindo também como forma de restringir o tamanho e o impacto da sua atuação no mercado.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, as empresas passaram a olhar um pouco mais para os processos de produção e, consequentemente, acabaram afetando o funcionamento da cadeia de suprimentos. Linhas de montagem, especialização de máquinas e funcionários e o início dos estudos da engenharia de processos começaram nessa época.
Alguns anos se passaram e a atuação passou a ser mais segmentada. O uso de sistemas separados, realização de previsões de demanda, compras e a otimização dos estoques foram as evoluções mais marcantes desse período. Assim, a atuação passou a ser mais direta, focando exclusivamente nos problemas que poderiam surgir na cadeia de suprimentos.
Em seguida, o controle da produção passou a ser ainda mais rigoroso e monitorado, garantindo mais eficiência na busca pela produtividade. Além disso, os processos passaram a ser integrados, criando uma conexão que facilitava o controle de todos os caminhos que um produto precisa passar até chegar ao seu destino.
O primeiro grande salto aconteceu entre as décadas de 1970 e 1980, com o conceito da logística integrada ganhando mais espaço no mercado, porém, também se pensando em maneiras de flexibilizar esse trabalho e torná-lo mais adaptável aos diferentes cenários e dificuldades que poderiam surgir ao longo dos anos.
Ou seja, as cadeias de suprimentos passaram a ser analisadas de maneira mais ampla, analisando todos os fatores que poderiam atrapalhar o fluxo, por exemplo. A logística, portanto, passa a ser adaptável às condições do mercado, flexibilizando os processos e permitindo um gerenciamento mais eficiente de tudo o que é feito em termos de produção.
A partir da década de 90, a globalização e os avanços tecnológicos começam a modificar o funcionamento das cadeias de suprimentos. Afinal, as distâncias e barreiras físicas começam a desaparecer, facilitando a comunicação entre os diferentes componentes do processo, por exemplo. Assim, surge o conceito de Supply Chain Management (SCM).
Na prática, significa a gestão de cadeia de suprimentos, ou seja, todos os elos desse ciclo passam a ser integrados, com as empresas analisando cada detalhe, cada etapa do processo para extrair o máximo dos recursos investidos. Não à toa, conceitos como a logística reversa passam a ser analisados e colocados em prática.
Na prática, o que a gestão de cadeira de suprimentos realmente significa para uma organização? A seguir, vamos explicar quais são as principais vantagens de investir em ações como SCM. Dessa forma, você não vai pensar 2 vezes em começar a planejar ainda mais detalhadamente o ciclo de vida de cada um dos seus produtos. Confira!
Dentro de um mercado tão competitivo, é fundamental saber aproveitar os seus recursos de maneira eficiente, certo? Fazendo um planejamento voltado para o gerenciamento da cadeia de suprimentos, você consegue monitorar melhor quais são os seus desperdícios e falhas em potencial, podendo corrigi-los e, como consequência, aproveitar melhor o seu orçamento.
Ao trabalhar melhor a gestão de cadeia de suprimentos, você está investindo diretamente na organização do seu negócio. Consequentemente, você passa a criar padrões a serem seguidos em determinadas situações, tornando mais organizado o ciclo de vida de um produto e garantindo que eventuais erros sejam mais fáceis de serem superados e o consumidor final não seja prejudicado.
Um grande desafio quando falamos em cadeias de suprimentos é conseguir garantir que o ciclo seja cumprido mesmo com diferentes atores fazendo parte dessa composição. Ao investir nesse gerenciamento, você trabalha diretamente para corrigir essas falhas e aproximar todas as partes envolvidas, tornando maior a integração e o alinhamento das ideias, comunicações e processos dentro desse ciclo.
A padronização de processos e a integração entre os diferentes componentes da cadeia de suprimentos acabam contribuindo diretamente para outro fator: equilíbrio no fluxo de operações. Ou seja, nenhuma etapa vai ser mais ou menos eficiente do que a outra e, consequentemente, sobrecarregar toda a cadeia. Encontrar esse ponto de equilíbrio é uma tarefa complexa, porém extremamente importante para o processo.
Os 4 tópicos anteriores acabam contribuindo para uma maior eficiência dos processos internos em uma organização. Afinal, todos os recursos aplicados vão ser melhor direcionados para o sucesso de um negócio. Menos desperdícios e maior controle acabam contribuindo para a utilização mais eficaz do orçamento e da força de trabalho, garantindo mais produtividade para uma empresa.
Como consequência de todas essas melhorias internas, o maior beneficiado é, sem dúvidas, o consumidor final. Preços mais baixos, pontos de vendas ideais, estoque sempre em dia, enfim, o cliente vai sempre encontrar o produto que ele quer, pelo preço justo e no local que ele espera. Esse gerenciamento, portanto, afeta positivamente a sua relação com quem está no fim do ciclo de vida de um produto.
Para complementar o tópico anterior e enriquecer o seu entendimento sobre a importância da gestão de cadeia de suprimentos, que tal conferir quais são os principais desafios a serem superados para ter sucesso nessa tarefa? Separamos os pontos a serem levados em consideração entre os fatores internos e os externos. Confira!
Qualquer negócio está sujeito às interferências externas, certo? Quando falamos em cadeia de suprimentos, esse tópico se torna ainda mais sensível e, portanto, a gestão se faz ainda mais necessária. O principal obstáculo a ser superado é a situação econômica no Brasil, que acaba interferindo diretamente na quantidade de recursos que você vai ter disponível para garantir a eficiência do seu trabalho.
O dólar alto, por exemplo, pode encarecer as suas operações. O gerenciamento dessa cadeia passa a considerar esses fatores em seu planejamento e, assim, o impacto desses agentes externos acaba se tornando menor. Como são coisas que não podem ser controladas por você, a melhor resposta para determinadas situações é já imaginá-las em seu plano de ação e ter em mente quais vão ser os passos necessários para superá-las.
Outro fator externo importante para ter atenção é o clima, especialmente em um país com o território tão grande quanto o Brasil. As variações climáticas podem acabar interferindo, por exemplo, na oscilação do preço de certos produtos ou, em casos mais extremos, atrapalhando o abastecimento de um armazém que faz parte da sua cadeia de suprimentos. Isso também precisa ser avaliado durante o seu planejamento.
Para complementar os fatores externos que podem interferir no fluxo de operações do ciclo de vida de um produto, é fundamental ficar de olho nos seus concorrentes. De nada adianta fazer um trabalho correto se, na prática, a concorrência está fazendo um trabalho ainda melhor. A grande sacada nesse tópico é conseguir transformar essa competição em um fator motivacional para que a sua gestão consiga ser ainda mais eficiente.
Enquanto os fatores externos são mais difíceis de serem previstos e/ou controlados, os internos são de total responsabilidade da sua empresa e, portanto, é fundamental estar bem preparado para garantir que esses obstáculos não prejudiquem toda a cadeia de suprimentos. O primeiro deles está na qualidade e motivação dos profissionais que fazem parte da sua equipe.
Afinal, são eles que vão colocar em prática tudo o que foi planejado e, se você não pode escolher quem trabalha em seus fornecedores e parceiros, pode escolher os profissionais que melhor se encaixam no perfil e objetivos do seu negócio. Fazer o treinamento adequado, fornecer as condições ideais de trabalho, investir em ações de motivação, enfim, faz parte desse gerenciamento conseguir tirar o máximo de cada colaborador.
Para conseguir fazer uma gestão de cadeia de suprimentos de maneira eficiente, é preciso entendê-la em sua essência, certo? Por isso, listamos as principais atividades que devem ser gerenciadas de perto para garantir que o produto chegue, de fato, ao seu destino final. Confira!
O primeiro ponto a ser avaliado no trabalho de gestão é a localização de fornecedores de matéria-prima que podem atender a demanda necessária para aquela cadeia de suprimentos. Mas é preciso contar com terceiros capazes de entrar no ritmo do seu negócio, já que não basta oferecer um produto de qualidade se, na prática, a demanda nunca é atendida ou atrasos sempre acontecem, o que prejudica todo o ciclo de vida do produto.
Além de encontrar quem garanta a qualidade e o prazo na entrega das matérias-primas necessárias, é importante realizar o controle do fluxo de materiais. Ou seja, entender tudo o que é preciso para fabricar determinado item, garantir que esse fluxo esteja equilibrado e o processo de fabricação possa seguir sem problemas para as próximas etapas, assegurando a eficiência de acordo com a demanda do seu negócio.
O tópico seguinte a ser observado no trabalho de gestão de cadeia de suprimentos é a fabricação de cada produto. A equipe responsável por essa etapa tem tudo o que precisa para fazer a sua parte? Todas as matérias-primas estão disponíveis na qualidade e no tempo adequados? Como a equipe está trabalhando para produzir na escala certa? Os recursos estão sendo bem aproveitados? Tudo isso precisa ser avaliado nessa etapa.
O processo de armazenamento é outra etapa fundamental para ser avaliada no trabalho de gestão de cadeia de suprimentos. Afinal, após a fabricação do produto, é necessário transportá-lo para um local de armazenamento. Lá dentro, porém, não basta guardar o item, é preciso organização e criação de um fluxo para fazer o controle desse estoque e garantir que tudo esteja preparado para ser transportado.
A etapa seguinte é contar com distribuidores que recolham os produtos no local de armazenamento e os distribuam para os pontos de vendas, garantindo que todos os itens sejam ofertados aos consumidores finais. Mas a logística não significa apenas a entrega para o destino final (outbound) e é preciso garantir que todas as etapas anteriores — como a chegada da matéria-prima à fábrica — também sejam gerenciadas.
Está enganado quem pensa que o trabalho de gerenciamento das cadeias de suprimentos acaba quando o produto é entregue ao cliente. Faz parte dessa tarefa também lidar com os feedbacks dos consumidores. Além de ser uma excelente maneira de identificar quais pontos podem ser aprimorados, é uma forma de garantir a satisfação dos seus clientes, atendendo aos seus desejos, demandas e comportamento.
Um desafio dentro do trabalho de gestão de cadeia de suprimentos é justamente conseguir aproximar todos os componentes desse ciclo e garantir que os processos estejam todos alinhados, certo? A tarefa não é nada fácil, afinal, são diferentes empresas — com diferentes culturas, comportamentos e gestão interna — trabalhando em conjunto. Se já não é simples gerenciar o seu trabalho interno, imagine os externos?
A notícia boa é que a tecnologia avançou muito nos últimos anos e, por isso, é possível tornar esse desafio mais simples de ser superado com o apoio de alguns desses avanços. Atualmente, existem softwares e soluções que organizam em apenas um lugar todas as informações necessárias para monitorar, avaliar e se comunicar entre diferentes componentes de um mesmo ciclo.
Para realizar a integração entre as equipes, o trabalho mais importante é, portanto, investir em inteligência. Não à toa, soluções como os TMSs (Transportation Management System, que pode ser traduzido como Sistema de Gerenciamento de Transporte) são cada vez mais utilizadas para monitorar tudo o que é transportado de um lado para o outro, do acompanhamento das rotas até manifestos e documentos aduaneiros.
As empresas não podem mais justificar os seus erros pela falta de informações. Além de investir em produtos de qualidade e contar com fornecedores que cumpram o acordado, é fundamental monitorar constantemente as suas ações. Afinal, só assim é possível saber exatamente o que está funcionando e aquilo que precisa ser aprimorado para garantir que o produto chegue, de fato, ao seu destino final.
Seja contando com um ERP (Enterprise Resource Planning ou, em português, sistema integrado de gestão empresarial), seja utilizando um aplicativo para facilitar a conexão entre a fábrica e os canais de distribuição, é fundamental trabalhar com a integração entre os diversos componentes de uma cadeia de distribuição.
Além da tecnologia, algumas outras práticas precisam ser adotadas pela sua empresa para garantir um trabalho eficiente de gestão de cadeia de suprimentos. O primeiro deles é realizar o mapeamento de todos os processos que fazem parte dessa estrutura, garantindo que tudo seja monitorado adequadamente, desperdícios sejam evitados e melhorias sejam colocadas em prática.
Consequentemente, a comunicação também precisa ser uma prioridade, fortalecendo e aproximando o relacionamento entre as diferentes peças que compõem a estrutura do ciclo de vida de um produto. Estipular e acompanhar os KPIs (Key Performance Indicators ou Indicadores-chave de Desempenho) também são práticas importantes para se assegurar de que o seu negócio está sempre à frente da concorrência.
A gestão de cadeia de suprimentos é, portanto, parte fundamental para o sucesso de qualquer empresa que precisa lidar com fabricantes e distribuidores. Fazer essa ponte entre os diferentes setores do ciclo de vida de um produto não é fácil, porém, pode ser potencializado com organização e planejamento eficientes.
Agora que você já sabe tudo sobre gestão de cadeia de suprimentos, como esse trabalho é importante para o sucesso do seu negócio e como você pode colocá-lo em prática, que tal divulgar este conteúdo para outras pessoas? Compartilhe este artigo em suas redes sociais e garanta que mais profissionais entendam a importância desse planejamento.